quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Resenha


Já fazia algum tempo que um assunto não chamava tanta a minha atenção quanto uma reportagem que li por estes dias. No título, mencionava o surgimento de um grupo rotulado como “Biopunk”. A primeira impressão foi que tratava de algo novo no gênero musical, mas quando li a matéria completa, vi que era bem mais interessante e relevante do que parecia. O impacto foi tamanho, que não me contive e resolvi passar a frente. Na verdade, o “biopunk” está mais para um movimento ideológico, iniciado com cientistas e estudiosos, que vem ganhando simpatizantes por todos os campos, do que um grupo em específico. A idéia principal está na ampla divulgação das pesquisas e testes, hoje restritos apenas aos grandes laboratórios, e no barateio do custo da aquisição da aparelhagem, objetivando que essas informações e ferramentas cheguem a todas as pessoas comuns. O argumento do raciocínio é que atualmente, os resultados dessas pesquisas são exaustivamente demorados, onde se tem muito mais erros do que acertos. Porém,  a partir do momento em que essas informações forem amplamente divulgadas ao público em geral, o progresso científico seria mais rápido e eficiente, já que inúmeras pessoas estariam  tentando ao mesmo tempo, com chances infinitamente maiores de alcançar a inovação em áreas como a medicina, energia e meio ambiente.Seria uma espécie de “faça você mesmo” da ciência, bastando seguir as “instruções” compartilhadas. Como exemplos, se tem um laboratório em Nova York, chamado Genspace, onde cientistas independentes ensinam biologia molecular para quem não entende nada da matéria; além de uma jovem de 23 anos, que de dentro da sua casa, conseguiu sozinha desenvolver o teste para detectar uma doença mortal, com o custo ínfimo se comparado  ao valor em que é oferecido no mercado. Juro que realmente me senti envolvido no assunto, e acho que ele tem bastante razão de ser, a começar que os seus idealizadores são especialistas com prioridade, e que se funcionasse, os benefícios para a humanidade seriam incalculáveis. Entretanto, não se pode desconsiderar a realidade, no que diz respeito ao poderio de fogo dos grandes laboratórios e demais interessados na demora das pesquisas,  perpetuação de muitas das doenças  e na dependência de  recursos hoje monopolizados. Mas isso é discussão para mais de ano.  Quem quiser se aprofundar, já existe um livro a respeito, “Biopunk: DIY Scientists Hack the Software of LIfe”,  escrito por Marcus Wohlsen. Com certeza, eu não vou ler, mesmo porquê daqui há uns 15 minutos, já estarei embasbacado por outra novidade qualquer. Mas se alguém se aventurar, por favor me mande o resumo, desde que no máximo em 03 laudas, e se possível com desenhos, para facilitar a compreensão.

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